JT

Para mim, o projecto fala do que significava ser de etnia mista na América. Desde o momento em que cheguei a este país, aos cinco anos de idade, fui implacavelmente provocado por não saber inglês e por ter um nome estrangeiro. Ao crescer estava sempre conectado com ser nicaraguense, japonês, negro, ligado a estas culturas igualmente, muitas vezes colocado numa caixa. Não podia ser tudo isto. Tinha de escolher ou a escolha seria feita por mim. Na maioria das vezes, eu era apenas um miúdo "espanhol" ou um miúdo "negro". Suponho que os meus traços físicos não são suficientemente asiáticos. Cresci a lidar com estereótipos raciais e calúnias raciais. Cresci a viver a experiência negra enquanto simultaneamente vivia a experiência castanha. Tudo isto enquanto me sentia igualmente asiático.Sinto que a sociedade tentou fazer-me escolher um lado, uma cultura, mesmo que o fizesse, nunca seria aceite porque não era suficientemente hispânico ou negro ou asiático. O que aprendi, porém, é que sou suficiente, sou suficiente de tudo o que sou para ser aceite, pelo meu povo que me ama, e por mais que a sociedade queira que eu escolha, nunca o farei. Continuarei a representar cada parte de mim, e continuarei a sair de cada caixa em que for colocado, até que me vejam pelo que sou.